É interessante olhar o nosso passado recente de cinquenta anos atrás e analisar nossas evoluções, conquistas e principalmente as nossas mudanças de perfil, comportamento, objetivos e até mesmo nossas mudanças psicológicas e a nossa capacidade de percepção no meio em que estamos inseridos, contudo, será que podemos dizer que hoje somos mais inteligentes que os nossos avós? Talvez não seja exatamente isso, digamos que atravessamos um interminável processo natural de evolução, ou seja, nossos filhos e netos olharão para nós e pensarão o quão ultrapassado nós somos.
Antenada em todo esse processo e atenta aos menores detalhes, está a PUBLICIDADE que precisa se renovar, se reiventar para driblar a concorrência e seduzir o seu público consumidor que está mais exigente e criterioso a cada dia.
Podemos dizer que nos anos 50 tínhamos uma mídia publicitária mais literal que trabalhava mais com o poder do convencimento e hoje no século XXI, temos uma mídia mais agressiva, porém, mais sútil, persuasiva e subliminar, que mexe com nossas emoções e desejos.
Para exemplificar essa "nova" abordagem "marketeira", trago como exemplo dois comerciais da marca Toddy, sendo o primeiro lançado em 1958 e o mais recente que foi divulgado em 2008.
Observem que a abordagem da primeira campanha é altamente repetitiva. Os atores atribuem diversas qualidades ao produto e repetem várias vezes as mesmas informações para que isso fixe na cabeça do consumidor como uma espécie de lavagem cerebral. Esse comercial era nítidamente dirigido aos chefes de famílias que centralizavam o poder de consumo. Na época isso funcionava muito bem.
Em 2008, exatos cinquenta anos depois, podemos analisar um comercial com uma abordagem imediatamente contrária ao anterior. Um comercial dirigido diretamente aos jovens e adolescentes, cheio de mensagens subliminares e durante o filme o produto nem é citado. A única qualidade que atribuem ao achocolatado é subjetiva: "Toddy - O sabor da verdade" (?).
Enfim, a cada minuto somos bombardeados por informações que chegam de todos os lados, seja em novelas, jornais, revistas, internet, etc. As mensagens subliminares desafiam o nosso racional e a publicidade se utiliza desta técnica para nos convencer, inserindo em nosso inconsciente informações para nos influenciar.
Na era da informação, somos menos óbvios a cada dia. O não literal tornou-se um diferencial, quase um sinônimo de inteligência.
Assistam aos comerciais:
http://www.youtube.com/watch?v=F73uXXNZcVA
http://www.youtube.com/watch?v=vWGVoaPwOQg
*** Definição do conceito de mensagem subliminar segundo a psicologia: é um estímulo produzido abaixo do limiar da consciência (subconsciente), e que produz efeitos na atividade física e/ou mental.
terça-feira, 14 de abril de 2009
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